segunda-feira, 12 de abril de 2010

"Quero de volta o meu anjinho colorido"


"Quero de volta o meu anjinho colorido"
Aida Lucas, mãe da BBB Ana Angélica, conta que a filha rompeu o relacionamento com ela há dois anos
Programa de Aprimoramento

É em meio a fotografias, cartinhas e desenhos da infância que a artista plástica e designer de moda Aida Lucas Barbosa relembra os melhores momentos que passou ao lado da filha. Há dois anos, a jornalista uberlandense Ana Angélica Martins, participante da 10ª edição do “Big Brother Brasil”, rompeu o relacionamento com a mãe e a família materna.
Na noite de estreia do reality show, foram a avó e a tia paterna que representaram a família da jovem. Ana Angélica apareceu ligando para o pai e contando sobre a seleção para o programa. A mãe foi citada em apenas um momento, quando Ana Angélica disse que ela sabia quando começou a “ficar com mulheres”. Na tarde de quarta-feira (20), Aida recebeu a primeira ligação da produção global a convidando para ir ao Rio de Janeiro e participar do “BBB” nos dias 29, 30 e 31.
Na terça-feira (19), em sua casa na comunidade rural de Santa Rosa dos Dourados, distrito da cidade mineira de Coromandel, a 170 quilômetros de Uberlândia, Aida Barbosa recebeu com exclusividade a equipe do CORREIO de Uberlândia para contar, pela primeira vez, detalhes do afastamento entre ela e a filha, além de reforçar o desejo de reconciliação com Ana Angélica.

CORREIO: Como foi a infância de Ana Angélica?
Aida Barbosa: Desde criança eu a chamo de “meu anjinho colorido”. Sempre foi uma menina esperta e, antes mesmo de entrar na escola, estava alfabetizada. Suas brincadeiras eram subir em árvores, adivinhações, boneca, bola, bicicleta e patins. Ajudava a cuidar do irmão, Antônio José Júnior, cinco anos mais novo e hoje ela é referência para ele.

Houve conflitos na família?
Fui casada por quatro anos e meio com o pai dela. Depois da separação, estava morando com meus filhos em Montes Claros (norte de Minas), mas os conflitos com meu ex-marido e a família dele continuavam. Eu queria paz para cuidar dos meus filhos. Depois de um fim de semana em que ela foi passar com o pai e apanhou dele, decidi desaparecer de uma vez com os meninos. Consegui emprego e fui morar com as crianças na cidade catarinense de Gaspar, sem comunicar ninguém, nem dar notícias. Isso em 1994, a Ana Angélica ia completar 9 anos de idade. Ficamos quatro anos por lá, até que a polícia nos encontrou e tivemos que voltar. Quando tinha 13 anos de idade, Ana Angélica quis passar uma temporada de seis meses morando com a avó paterna [Felicidade Gomes], mas depois voltou a ficar comigo então em Monte Carmelo. Aos 16 anos, ela decidiu por ficar em Uberlândia para estudar e retornou para mais uma temporada na casa da avó.

Como era o relacionamento entre mãe e filha?
Sempre fomos amigas e carinhosas uma com a outra. Mas decidida que é, a Ana Angélica não me consultava a respeito de suas decisões, apenas me informava. Ela também era zelosa, tinha ciúmes de mim e do irmão. Depois de adulta, chegou a me agradecer pela liberdade  e oportunidade que lhe  proporcionei de conhecer outras culturas, por meio das nossas mudanças de cidade.
O que motivou o desentendimento entre vocês?
Essa é a minha preocupação. Eu nunca entendi a verdadeira razão. O último contato harmonioso que tivemos foi na formatura dela, no fim de 2007. Por várias vezes nesses anos tentei me aproximar para saber o que foi que eu fiz de errado. A Ana Angélica, simplesmente, me evitava e alegou que eu nunca fui mãe, que nunca estive presente nos momentos em que mais precisou, que nunca a ajudei financeiramente. É muita incoerência, não consigo entender. Tudo isso não tem nada a ver com a opção sexual dela, sempre respeitamos isso.

Como foi o último encontro de vocês antes de ela entrar no programa?
Tive que planejar uma estratégia. Como não atendia às minhas ligações, nem de ninguém da minha família, meu irmão se passou por um empresário e marcou um encontro às vésperas do Natal. Eu e o irmão dela fomos encontrá-la no shopping em Uberlândia. Ela foi resistente e disse que não tinha nada para falar comigo. O Júnior teve que insistir até que aceitou me ouvir e começou a chorar. Depois disso nos levou para a casa de uma amiga, onde jantamos e passamos a noite. Disse que a amo muito e que quando ela quiser me procurar estarei esperando.

Como a personalidade da Ana Angélica pode refletir nos relacionamentos dela dentro do programa?
Ninguém é tão completo que não tenha nada para receber. Toda vida ela foi uma adulta precoce, agora age como uma adolescente rebelde.

O reality show é um bom momento para pensar nos desafetos que deixou fora de casa?
Com certeza. Acho estranho o comportamento dela. A Ana Angélica é uma pessoa brincalhona e piadista, agora está séria e introvertida. Ela sabe que toda a família está assistindo e fazendo torcida aqui fora. Dia desses, até o Dicesar chamou a atenção dela para que se esquecesse do que deixou aqui fora e se concentrasse no jogo, no momento que ela está vivendo. Sinto que tem algo que pesa e incomoda o coração dela.

O que é mais importante para você, como mãe, neste momento?
Meu único medo é que o dinheiro a faça esquecer tudo o que lhe ensinei. A maior riqueza não está no dinheiro. Prefiro que tenhamos um bom relacionamento, mesmo sem prêmio. Nada tem sentido se no íntimo ela não preservar suas raízes, o amor e a essência da família. Reconheço que cometi erros, tenho minhas falhas e que fiz escolhas erradas na vida. Sinto falta de sua alegria, de seu abraço, aconchego e amizade. Quero de volta o “meu anjinho colorido”!


Pai comenta atitudes e declarações da ex-mulher
O pai de Ana Angélica, o analista de sistemas Antônio José Martins, esperava o melhor momento para comentar sobre os conflitos na infância da filha. Chegou a hora. “Estávamos divorciados, não tinhamos vínculos e, na minha função como pai, precisava educá-la. Mas nada justifica, nem se compara a decisão tomada pela mãe, de sumir com os meus filhos, o que só aconteceu tempos depois. Ficou claro que essa decisão foi planejada”, afirmou Antônio Martins.

Segundo ele, sobre o desentendimento entre mãe e filha, Ana Angélica comentou apenas que a “ficha caiu”. “Acredito que, depois de adulta, ela pensou sobre a gravidade da atitude da mãe e ficou magoada por esse afastamento forçado quando ainda era criança. Elas conviveram muito tempo juntas até que, repentinamente, romperam o relacionamento”, disse.

Avaliando o comportamento de Ana Angélica no programa, Antônio José disse acreditar que o passado da filha reflete não só no programa, mas como em toda sua história. “Minha torcida é para que ela tenha uma vida saudável, equilibrada e seja feliz”, afirmou.
Pausa para análise dos concorrentes
Frederico Rozario/Rede Globo/Divulgação
Na conversa, a mineira falou principalmente do lutador Dourado
Após festa na madruga de ontem, a jornalista uberlandense Ana Angélica analisou os participantes da 10ª edição do Big Brother Brasil com o maquiador e drag queen Dicesar. A mineira falou principalmente do lutador Dourado e declarou que a relação dela com ele mudou na casa. “Eu sentia Dourado como um tosco. Hoje vejo como uma pessoa. Se fala bom dia, merece bom dia. Não sou totalmente fria com ele como eu era na semana passada", afirmou.
Frases
Ainda ontem pela manhã, Ana Angélica postou duas vezes no microblog twitter. Primeiro: “Quantas vezes é possível se apaixonar pela mesma pessoa? Acho que todos os dias, mesmo longe. Ótima quinta, beijo a todos!”. E depois: “O que te move no mundo? Não importa aonde, o importante é ir. Boa sorte!”.
Fonte: www.correiodeuberlandia.com.br

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